É intuitivo sentir-se melhor após uma caminhada ao ar livre, um passeio na praia ou um final de semana em contato com a natureza. Mas o que a ciência tem revelado é que esse bem-estar não é apenas subjetivo. O contato com a natureza provoca mudanças fisiológicas e neurológicas concretas que beneficiam nossa saúde mental.
Estudos mostram que passar tempo em ambientes naturais reduz os níveis de cortisol, melhora o humor, diminui os sintomas de ansiedade e depressão, e aumenta a capacidade de foco e criatividade. Além disso, promove a ativação do sistema nervoso parassimpático, responsável por estados de relaxamento e recuperação.
A “ecoterapia” ou terapia assistida pela natureza, é uma abordagem terapêutica emergente que utiliza o contato com ambientes naturais como parte do tratamento de transtornos como estresse, depressão e burnout. Atividades como jardinagem, trilhas ou mesmo momentos de contemplação ao ar livre têm mostrado efeitos positivos consistentes.
Crianças que crescem com acesso regular a espaços verdes apresentam melhor regulação emocional, menos problemas comportamentais e maior desempenho cognitivo. Em adultos, a exposição à natureza está relacionada a maior satisfação com a vida e redução da ruminação mental, que é um fator de risco para depressão.
Portanto, integrar a natureza ao nosso cotidiano é uma estratégia acessível e poderosa para promover o bem-estar. Seja através de pequenas pausas em parques urbanos, cuidados com plantas em casa ou escapadas periódicas para espaços naturais, essa conexão é vital para a saúde do corpo e da mente.